terça-feira, 22 de janeiro de 2013

QUANDO VOCÊ ENTROU E SAIU DA MINHA VIDA


O livro amarelado que minhas mãos folheavam e meus olhos viam, mostrou-me uma folha velha e juntamente com ela uma foto sua com uma frase marcada num dia qualquer de um passado bem distante. A frase era curta e dizia simplesmente o seguinte: Só quem ama vida. Essas palavras ficaram queimando meu coração e bagunçando meus sentimentos. Então, fiz a seguinte pergunta: Quem não aprender a amar, terá vivido?  Eu não amava até conhecê-lo, pois quando você apareceu na minha vida encontrava-me tomada de um ardor que não acabava mais. Com você o meu coração começou a sentir uma paixão sem igual e percebi que o ardor começava a refrescar deixando meu coração repleto de paixão. Com essa paixão minha vida mostrou-se diferente do que eu vinha vivendo. Havia agora definido em minhas paisagens um horizonte lindo e claro. Havia em todo o meu viver um objeto exato e concreto. Eu só precisava alcançar um ideal e alcancei. Você. Nos meus sonhos era você quem iluminava a penumbra da minha alma e acalentava o meu coração com a luz do seu sorriso, sendo agora tudo realidade.  Sempre foi você que veio pra mim como um luar dentro de uma noite escura e estrelada. Depois de tudo comecei a pensar.  Enquanto eu vivia o tempo e você se encarregou de me dá uma rasteira. Depois de tudo como se o tempo fosse uma triste maldição, destruindo a alegria do meu viver e me deixou. Colocando entre nós o espaço e o tempo duas coisas infinitas. Eu ainda vivia esse amor quando meu coração ficou cheio de saudade. Cheio de saudade de você, de nós, de tudo que vivemos. E agora vivo sentindo o gosto amargo da vida. Dessa vida sem você e cheia de angústia e tédio.

                                                                       Elisângela Oliveira

terça-feira, 15 de janeiro de 2013

NO MEU QUARTO


Fecho a cortina do meu quarto e você não estar, então cai uma noite artificial dentro do ambiente com a sua ausência. Olho pela janela e lá fora talvez o inverno esteja começando ou a primavera esteja com todo furor e eu escondida no meu quarto esperando por você. As flores com suas cores e seus perfumes sempre encantando a primavera. E a chuva e o frio enriquecendo o inverno. Mas aqui dentro sem você é tudo nevoa. Tudo é silêncio. Tudo é tristeza. Sendo assim tudo vira outono. Outono do amor, mas que amor, não sei onde estar. Um outono sem cor e sem vida. Parece mais fim de romance.  Portanto, não quero nada dessa primavera, pois nada tem sentido. Nada ela tem a me oferecer. Não quero sentir o perfume das flores. Não quero embriagar meus olhos nas cores maravilhosa dos anos. Não quero molhar-me na chuva que cai. Não quero sentir o frio que a noite oferece. Quero apenas sentir saudade. Saudade essa que me embriaga que chega a ferir minha alma revolvendo as feridas mais antigas e cicatrizes jamais cicatrizadas. Saudade essa que me desperta as recordações mais adormecidas e jamais esquecidas. Então o que me resta? Nada. Nada mais me resta. Nada mais me anima. Você partiu e com sua partida levou para longe o seu beijo quente e úmido. Levou o seu abraço apertado e carinhoso. Levou o dia claro e perfumado dos seus cabelos. Levou o sol e o brilho dos seus olhos, a pérola rara de suas lágrimas. Levou para longe o encanto do seu sorriso. Apenas me deixou a saudade que ainda habita o meu corpo e meus pensamentos.  Você é o meu dia e o meu sol. A minha noite e a minha lua. O meu infinito e a minha estrela. A minha brisa e o meu ar. Enfim, você é a minha vida e o meu tudo. Você é a razão que faz o meu coração pulsar. Dentro dessa noite artificial que resolvi viver dentro do meu quarto como um grande luar misterioso brilha a luz branca e triste da saudade. Saudade essa que de tão grande não cabe no infinito. Saudade essa que sinto de você. Saudade, simplesmente saudade. A minha saudade de você. Cadê você, não vem?
                 
                                                               Elisângela Oliveira

sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

QUANDO SOMOS CRIANÇAS


Quando somos crianças acontece quase sempre quando temos mais ou menos 5 ou 6 anos de idade. Nossos pais costumam nos perguntar o que queremos ser quando crescer. Já começam quando ainda somos crianças e nem entendemos direito a pergunta. Começamos a escutar sobre as profissões de médico, advogado ou engenheiro, pois são as preferidas de nossos pais. Dizem que são profissões muito importantes e que ganharemos muito dinheiro. Dizemos as coisas mais absurdas como resposta, mas o que eles querem escutar de fato não respondemos. Quando o tempo passa e realmente chega à idade de saber o que queremos, simplesmente não sabemos, simples assim. Só que nossos pais não entendem isso e esperam receber uma resposta séria e definitiva, mas o que escutam é: não sei ainda o que eu quero ser ainda é muito cedo para pensar nisso ainda nem entrei na faculdade. Qual o curso escolher, que profissão seguir isso tudo ainda é uma interrogação. Ai começa a passar pela cabeça deles que talvez não seja realmente a hora mesmo de pressionar por uma decisão séria que vai ser para a vida toda e que em cima dela será construída o futuro deles. Afinal, adolescência é a idade de se descobrir e descobrir a vida juntamente com as maravilhas que ela proporciona. Na adolescência se comete erros, se agi sem pensar, se conquista amigos e amigas e finalmente chega a hora de apaixonar-se.  Apaixonar-se mesmo muitas e muitas vezes e não só uma ou duas vezes. Mudar de ideias, opiniões e respostas várias e várias vezes. Podendo cometer todos os tipos de erros que puder, para que no futuro em um dia qualquer quando alguém perguntar o que de fato querem ao responderem não irão precisar tentar adivinhar, simplesmente saberão responder. E tudo porque, por terem pais que se importaram com o futuro do filho e lhe deram livre arbítrio para escolherem o que acham ser o melhor para si. 

                                                       Elisângela Oliveira 

UMA DESPEDIDA DE SOLTEIRA


Tenho uma história para contar onde eu serei a protagonista. Encontrei uma pessoa, nos conhecemos, nos apaixonamos, namoramos e noivamos. Até então essa pessoa era a pessoa perfeita e mais importante na minha vida, minha alma gêmea. O dia do casamento foi se aproximando e junto veio os preparativos, a escolha do vestido, os convites, os convidados, igreja e tudo mais que um casamento pede. Entre os presentes que recebi, fui surpreendida com um que me foi dado por algumas amigas. Eu jamais podia imaginar o que seria tal presente. Comecei a desconfiar do presente quando recebi um convite delas para sairmos e curtirmos uma noitada entre amigas. Saímos na noite eu e elas e fomos a uma boate, chegando lá elas anunciaram o meu presente: UMA DESPEDIDA DE SOLTEIRA e foi quando tudo começou. Lá estávamos bebendo, sorrindo e nos divertindo quando entrou na boate um carinha, que até então ninguém havia me chamado atenção, mas com ele foi diferente. Olhei, gostei e gamei. Eu já estava me sentindo entediada até o meu olhar cruzar o dele e ser correspondido. A monotonia foi embora e começamos a flertar um com o outro. De repente, não sei como aconteceu quando dei por mim estávamos na pista de dança, dançamos e bebemos muito e quando percebi estávamos em um motel nos entregando a uma louca paixão, dessas que eu jamais vivi antes. Olha que loucura tudo que aconteceu depois de transarmos nos apresentamos, até então eu não sabia nem sequer o seu nome e ele muito menos o meu. Mas louco ainda foi o que eu falei: para que dizer nome, se só acontecerá essa vez, só assim não quebra o clima do desejo. Mas resolvemos nos apresentarmos, num primeiro momento me apresentei com um nome que não era o meu, mas em seguida falei meu nome verdadeiro. Depois de conversarmos um pouco descobrimos um do outro o que não queríamos ou nem imaginávamos saber.