O livro amarelado que minhas
mãos folheavam e meus olhos viam, mostrou-me uma folha velha e juntamente com
ela uma foto sua com uma frase marcada num dia qualquer de um passado bem
distante. A frase era curta e dizia simplesmente o seguinte: Só quem ama vida. Essas
palavras ficaram queimando meu coração e bagunçando meus sentimentos. Então, fiz
a seguinte pergunta: Quem não aprender a amar, terá vivido? Eu não amava até conhecê-lo, pois quando você
apareceu na minha vida encontrava-me tomada de um ardor que não acabava mais. Com
você o meu coração começou a sentir uma paixão sem igual e percebi que o ardor
começava a refrescar deixando meu coração repleto de paixão. Com essa paixão
minha vida mostrou-se diferente do que eu vinha vivendo. Havia agora definido
em minhas paisagens um horizonte lindo e claro. Havia em todo o meu viver um
objeto exato e concreto. Eu só precisava alcançar um ideal e alcancei. Você. Nos
meus sonhos era você quem iluminava a penumbra da minha alma e acalentava o meu
coração com a luz do seu sorriso, sendo agora tudo realidade. Sempre foi você que veio pra mim como um luar
dentro de uma noite escura e estrelada. Depois de tudo comecei a pensar. Enquanto eu vivia o tempo e você se encarregou
de me dá uma rasteira. Depois de tudo como se o tempo fosse uma triste maldição,
destruindo a alegria do meu viver e me deixou. Colocando entre nós o espaço e o
tempo duas coisas infinitas. Eu ainda vivia esse amor quando meu coração ficou
cheio de saudade. Cheio de saudade de você, de nós, de tudo que vivemos. E agora
vivo sentindo o gosto amargo da vida. Dessa vida sem você e cheia de angústia e
tédio.
Elisângela Oliveira
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