Cai à noite no teatro da
ilusão. Sento na primeira fila no palco da irrealidade. As cortinas ainda estão
fechadas, mas o ato acontece. Na doce e negra noite de solidão eu te conheço,
mas tu não me conheces, porém não vivemos juntos. Nunca te chamei de amor e tu
nunca me chamaste de querida, mas gostamos um do outro. Nunca te abracei e tu
nunca me abraçaste. Nunca te beijei e tu nunca me beijaste, porém nos amamos. Quando
eu me ver refletida na tua fantasia será tarde demais.
Elisângela Oliveira
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