Nunca o confessei. Mas sentia-o. Sempre. Fui-me perdendo de ti nesta sempre recusa de voz da minha mente sem saber o que fazer. De mãos estendida, totalmente ansiosa, corri o risco de que não quisesse segura-la, senti-la, de subir até o seu rosto. Ficava imóvel, imaginando como dizer sim ao desejo que estava sentindo e do gesto que desejava de ti. E tu dizias-me indecifrável com o seu olhar e não sabias o que pensavas. Eu estava totalmente perdida num céu sem porta, sem escada, sem saída. E eu em cada dia desejando cair em teus braços e tocar-te e beijar-te incansavelmente e imaginando uma maneira de fazer com que você sentisse o mesmo que eu.
Elisângela Oliveira
(P.S. Texto inspirado em W.S.)
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